O mundo anda louco e a política ajuda. Com o Benfica a golear, o Serviço Nacional de Saúde a funcionar relativamente bem contra a gripe A e com um bruxo que diz que vai por o CR9 impotente, retirando o holofote às suas futuras pseudo-namoradas, isto porque já não poderão vir contar histórias para as revistas, pois não dariam novidade nenhuma. A política surfa na crista desta onda de confusão.
Sócrates forma um novo governo semi-virgem, o problema é que esta palavra tem sempre dois significados, por um lado sabemos que somos nós a “retirar o plástico do pacote” e não temos que nos preocupar com o passado, mas por outro, pode ser incomodativo com as dores e o sangue. Vamos pôr as coisas desta forma: imaginem que o novo governo, a exercer as suas funções, será o equivalente a uma orgia com virgens, ao inicio parece boa ideia, mas depois, quando se passa para a acção começa o “ai não ponhas aí” ou “ mais devagar, isso dói”. Isto para não falar que tínhamos que ser nos a ensinar-lhes tudo.
Sócrates pode ter ignorado este aspecto, mas também, quem sabe do assunto, diz que só dói nas primeiras vezes, por isso até pode ser que o resultado seja mais positivo que o esperado.
Alguém que não tem absolutamente nada a ver com virgindade é Berlusconi. Os italianos têm fama, já todos sabem, mas este senhor abusa. Num país onde o próprio Primeiro-Ministro é tão famoso mundialmente pelos seus casos amorosos, se os italianos seguirem o seu exemplo, talvez explique o porquê de a Torre de Pizza estar inclinada, o estranho é que toda a gente teria que escolher o mesmo lado.
Uma das minhas preocupações é a Europa, que me parece ter os dias contados. As duas únicas mentes saudáveis, a Irlanda e a Rep. Checa, já se renderam ao Tratado de Lisboa. A verdade é que os portugueses dão cabo de tudo, já é sabido, e mesmo assim há quem invista em nós. Por isso, mesmo sem conhecer muito do Tratado em si, parece-me seguro afirmar que tem todas as condições para falhar redondamente, e aqui ficam as minhas razões, pelas quais, acho que este Tratado vai falhar e consequentemente, me fazem dizer “não” á sua aprovação na Europa:
4º: Somos os eternos “cauda da Europa”, se ela existe é porque fomos nós que a criamos e recusamo-nos a sair de lá
Fica aqui o meu aviso. A Europa já não anda bem, tendo em conta que o Presidente da Comissão Europeia é um português, mas pôr Portugal tão na linha da frente é tão sensato como fazer malabarismo com granadas sem cavilha…
Para terminar, quero frisar que o título que dei a este texto é muito injusto, principalmente para o pupu, porque este ao menos tem pontos positivos, nem que seja o de nos sentirmos aliviados no fim.